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Sociedade inclusiva Fala-se muito de inclusão social enquanto meta de governos, ou como prática atual e mais ajustada com os direitos civis vinculada à educação, ao trabalho e até a evangelização. Fala-se de inclusão social como preceito religioso, como aprimoramento de técnicas e procedimentos, como sinal de humanização das relações entre as pessoas... Contudo, tentativas oficiais de inclusão tem sido praticadas de modo incompleto e improvisado. Com isso, o termo inclusão parece perder sua força enquanto tradução de uma ideologia à medida que as pessoas envolvidas se vêem frustadas e insatisfeitas com os resultados. Isso já ocorreu com as iniciativas de "integração social" de pessoas portadoras de deficiência. Então, com a constatação de falhas, perdas e o declínio da popularidade do termo, as pessoas passam a investir noutro termo mais "politicamente correto." Após "inclusão," o que virá??? Por "sociedade inclusiva," nos referimos ao processo de transformação das estruturas e mecanismos de atuação social de modo que se tornem mais flexíveis e proporcionem igualdade de oportunidades pelo respeito às diferenças individuais. Uma sociedade inclusiva é voltada para prover aos indivíduos as condições de logística e de infra-estrutura para que todos possam se instrumentar por recursos ambientais. Ao se instrumentarem, as pessoas compensam deficiências ou limitações de ordem pessoal e participam ativamente numa base de auto-ajuda e de cooperação interpessoal. É, portanto, o cenário para o crescimento individual baseado no respeito mútuo entre as pessoas e no investimento de todos para a formação de infra-estrutura. Ao invés de inclusão, é preferível nos atermos
às "práticas inclusivas," e assim verificarmos se tais práticas são
eficazes ou não. Pode-se então mudar os meios sem mudar os princípios
em que a sociedade inclusiva se sustenta. /\ início |
Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais & 29-01-2010